domingo, 18 de outubro de 2009

Vidas interligadas.

Às vezes estamos em rota de
colisão e apenas não sabemos.

Seja por acidente ou por destino,
não há nada que possamos fazer.

Uma mulher em Paris ia
sair para fazer compras
mas esqueceu-se do casaco e
voltou atrás para o ir buscar.

Quando apanhou o
casaco, o telefone tocou
parou para o atender e
falou durante uns minutos.

Enquanto estava ao telefone,
Daisy ensaiava na Ópera de Paris.

E enquanto ensaiava, a mulher
que falava ao telefone saiu para
apanhar um táxi

Um taxista acabou
o serviço mais cedo
e parou para tomar um café.

E durante esse tempo todo
Daisy estava ensaiando.

Esse taxista que acabou
o serviço mais cedo e que
parou para tomar um café
apanhou a mulher que ia às compras
e que perdeu o táxi anterior.

O taxista foi obrigado a parar
devido a um homem que atravessa a rua
e que tinha saído cinco minutos
atrasado para o trabalho,
porque se esqueceu de
ligar o despertador.

Enquanto esse homem, atrasado
para o trabalho, atravessava a rua
Daisy tinha terminado o ensaio
e estava tomando um banho.

Enquanto Daisy
tomava o banho,
o taxista esperava à frente da loja
onde a mulher foi pegar uma encomenda
que ainda não estava embrulhada
porque a moça que era para fazê-lo
tinha acabado com o namorado na
noite anterior e tinha se esquecido.

A encomenda estava embrulhada
e a mulher voltou para o táxi,
que tinha sido bloqueado por uma
caminhonete carrinho de entregas.

Enquanto Daisy se vestia,
a caminhonete saiu e
o táxi conseguiu andar.

Enquanto Daisy, a
última a se vestir,
esperava por uma das suas amigas,
que tinha partido um atacador [cadarço].

Enquanto o táxi
estava parado no sinal,
Daisy e a sua amiga
saiam por trás do teatro.

E se apenas uma coisa
acontecesse de maneira diferente.

-Se o atacador não
se tivesse partido.
-Ou se a caminhonete de
entregas se fosse mais rápida.
-Ou se a encomenda já
estivesse embrulhada,
porque a moça não tinha
terminado com o namorado.
-Ou se o homem tivesse
ligado o despertador
e se tivesse levantado
cinco minutos mais cedo.
-Ou se o taxista não tivesse
parado para tomar um café.
-Ou se a mulher se tivesse lembrado
do casaco e entrado no primeiro táxi,

Daisy e a amiga tinham passado a
rua e o táxi tinha passado por elas.

Mas a vida sendo como é
uma série de vidas e
incidentes interligados,
sem interferência de
ninguém, aquele táxi apareceu
e o motorista estava
momentaneamente distraído.

E aquele táxi
atropelou a Daisy.



E repetindo: Seja por acidente ou por destino não há nada que possamos fazer.

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